Capítulo quinto

Anoiteceu fresquinho naquele lugar de avemaria, de desgraceira, de desarranjo.
Havia uma canseira da mais danada naquela gente,
como se estivessem bêbados,
como se rumassem sôfregos,
como se vertessem líqüidos.
Durou o tempo da tal endemoniada crescer, um crescimento alto, cada vez mais perto de Deus, em nome do pai e do filho e do espírito.
Para cada pouco mais que agigantava, um pouco mais a cidade ventava, uma ventania desconhecida, daquelas que ninguém sabe, ninguém viu.
A gentarada toda se arrepiava, e batia dentes, dentaduras, gengivas, lábios. E batia as botas.
E as árvores, imagine só que as árvores, estas dançavam de forma muito ensandecida sim senhores.



Nota da autora: eis que um dia, o vento forte, fortíssimo, me trouxe de volta. Como na canção de Verônica Sabino.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom, muito bom. Como sempre.

Anônimo disse...

Sumida da p....

Gisalina disse...

Tô sem computador em casa, Fulô, sem tempo de respirar, escrever, criar e etceteras que tal.
Mas semana que vem volto.
Volto sim.

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