Na tarde bastante alaranjada de uma quarta-feira malemal, apareceu a dita sirigaita, ave maria, aquela, ih, lá vem, feia-além-de-tudo-desaforada envolta em pouco pano e muita justeza, a qual dedurava costas miudinhas, bem miúdas, e ensinava o caminho dos glúteos esparramados, desproporcionais e um tanto tormentosos para as cotoveludas do lugar. Nhé.
E Tiãozinho, moleque branco e de muitas veias, visitando os treze de idade, esganou-se sobre a bicicletinha quase nova, engoliu o vexo, a dita compostura, o ai-meu-deus-do-céu e foi, cheio de delicinhas na caxola.
Abordou-a com grandes olhos de vem-cá, e esta, molhou os lábios todos.
E num bocadinho de segundos, o dia alaranjado virou noite, litros d' água, coisa feia. Como uma maldição de Cristo. Como um castigo do padre, da Nice, ou de qualquer outro habitante daquele lugar atormentado pela sirigaita.
Piedade, piedade.
Capítulo terceiro.
Postado por A Libélula
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