Passei uma semana num lugar maravilhoso, chamado Solar da Mímica, que fica a poucos km aqui de São Paulo, em Juquitiba.
Lá não há televisão, não há contato algum com o mundo, a não ser com o mais importante de todos: o mundo dentro da gente.
Amargar é a palavra de ordem quando me propus investigar minha história, minha trajetória até aqui.A tomada de consciência e a honestidade com a qual revi e assumi coisas foram fundamentais, mas o processo foi penoso.
Choro estrangulado, bode preto e peludo e feio. Noites insones, dor de barriga full time, dor na canela - me provando que tudo nessa vida é mesmo energético. Quando resolvi olhar com aqueles olhinhos de ver, a dor foi embora.
Decidi que quero mesmo é atuar e que essa coisa de ser professora é realmente lindo - formar um indivíduo é algo inominável, mas não é pra mim, apesar da experiência de menos de um mês com crianças de primeira a quarta série ter sido bem prazerosa.
Decidi que vou vender meu espetáculo-solo, e que ele vai me dar grana.
Decidi que esse ano peço demissão.
O trabalho é desprazeroso, mas me deu subsídios para investigar minha vida e me dar conta de que não quero ser algo que não deu certo.
Decidi que ir embora pra Itália, como estava nos meus planos, era fuga.
E que aqui é que vou alçar meu vôo.
Decidi ter mais prazer em tudo.
Decidi que minha trajetória é rumo à vitória, e que o prazer mórbido pode brigar pra entrar, mas aqui ele não entra mais. Ou pelo menos, não vence mais.
Dias solares
Postado por A Libélula
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2 comentários:
Grande Lan, parabéns, porque "para renascer é preciso ter a coragem de morrer", que a sua trajetória seja vitoriosa, prazerosa e com muuuuuuito sucesso.
Beijos,
Marli
Muito bem, dona Elaine. GOsto de ver-te assim confiante. Se vc nao se demitir eu te PUXO A ORELHA, tá ouvindo??
bj
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