Eu silencio ao ouvir o farfalhar das folhas na ventarola, quando a tarde espreguiça.
E ao ver os girassóis procurando pela luz. Que eles sempre procuram por ela, e, te digo; como isso é bonito.
Eu silencio quando o céu goteja, quando relampeja, quando se acinzenta.
No desabotoar da noite, que despenca anseios. Ao me deparar com os seios de uma mulher, te digo: eu silencio. E desatino.
Com o cheiro verde do mato, quando cintila a primavera.
Quando das marés em olhos de gente; eu silencio. E marejo.
Na cadência do gozo
no fato consumado
antes do aplauso: eu me arrepio. E silencio.
No dia último dos vinte e cinco anos: eu silencio. E no canto dos lábios, eu rascunho de leve, um sorriso.
Mas eu silencio.
(escrita em 21/09/2004)
Silêncios
Postado por A Libélula
Assinar:
Postar comentários (Atom)
1 comentários:
Silencio.
Postar um comentário