De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Soneto da Separação. Vinícius de Moraes)
E um grande e absoluto ponto final.
.
S-E-P-A-R-A-Ç-Ã-O.
Postado por A Libélula
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Oi Elaine, tive que apagar meu blog por um problema que tive hoje...difamações.
beijo,
Acho que já ouvi essa música num final de tarde ... numa avenida infinita ... árvores e pássaros ... eu e mais duas amigas que cantavam essa parte da música, imaginando ser cenas de filme. Ah! Trilha sonora é tudo na vida. Mesmo depois da separação. Mesmo depois de um fim. Mesmo sabendo que é um começar denovo.
É, acho que me identifiquei! :)
Amo você!
CAROLINA
Postar um comentário