About me

Que eu ando, digamos, com certo bloqueio em se trantando de escrever.
Que os meus pensamentos não se organizam não. E não.
Que a vida jorra, jorra a profusão incandescente, jorra o púrpura em olhos, boca, pele e cabelos, como eu disse há pouco.
Que me sinto bem. E que ando de namorinhos comigo. Sim.
Que as pessoas, meu deus, as pessoas, elas estão classificadas em duas categorias:
ou são caudalosas,
ou são superfície.
Que me encaixo na primeira categoria, bastante modesta, assim mesmo.
Cabelos vermelhos: ando com vontade.
Aliás, eu ando com vontades. E que isso fique assim, entre nós.
Que tenho ouvido canções e cantado em voz alta. E que tenho prestado atenção.
E que venho prestando atenção. Atenção.
Que ando com mania de vinhos.
E de gentes.
E esmaltes. E o vermelho, o vermelho, o vermelho. Que eu andava longe do vermelho.
Que estou me acostumando comigo e este é um trecho de uma das canções que venho cantando.
Que venho tendo sustos. E que isso tem sido bom.
Que agora as coisas parecem ter um sentindo tão grandioso. E que o tempo é de uma sabedoria de embasbacar.
Que parei de roer unhas.
Que me sinto bem. E isso eu já disse, não? Sim.
Que cozinho muito bem.
Que leram minha mão dia desses, e me disseram que sou mulher de paixões. De paixões. Paixões. De.
E então te digo que não sei até onde isso me levará.
Que ando um tanto virginiana.
Que o inverno chegou e as pessoas são tão bonitas no inverno. E que tenho vontade de vinhos. E eu já disse isso.
Que por vezes não ando: danço. A vida.
E que por hora está bom.
Porque também não é tudo que se diz, assim, tão tão.
Ora.