acqua e ela.





o balanço que me levava ao começo do céu, azulando-me
a bicileta dourada que saía do chão, apassarinhando-me
[eu pairava].

a estrada para a Santa Lúcia, averdejando os olhos
o cheiro de cana queimando, azedando o olfato
os ciscos de cana, apretejando o rosto
o barranco de terra vermelha
alaranjando a infância

as cores todas da vida
aquarelando-me

eu - diluída em fases
enxergando o púrpura
d´uma vida líqüida.


“Vamos todos numa linda passarela de uma aquarela que um dia enfim descolorirá”

Toquinho.

1 comentários:

Tom Coyot disse...

Crônicas de Elayne
A Bruxa má, o Balenço e a Bicicleta.

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