febres

me queima a vontade de flanar por aí
me ardem desejos, vontades secretas, ciúme
a minha garganta incendeia
os meus olhos faíscam vida, mas vezenquando, cospem impropérios
meu pavio, de tão curto, quase não existe
meu sangue é italiano, latino e negro
tudo ao mesmo tempo - agora
eu vomito a minha fúria num caixa de supermercado e assusto a criancinha do outro lado da linha
sou eu - vulcânica
ácida
mas também sou melíflua
cheia de segredozinhos
me entrego amiúde
e sou febres.

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4 comentários:

Tom Coyot disse...

Um dos melhores de 2008

Tom Coyot disse...

Vulcanica.. humm... interessante

Unknown disse...

eu me sinto aliviada por saber que mesmo em estado de entrega, você não está à merce da dormência.
Bem vinda à erupção da vida.
bjos
Carla

Anônimo disse...

Bárbaro!!!!
Demais!!!
Parabéns!!!

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