Havia um embaraçamento no ar, um amarelo-despedida, uma agonia âmbar,
um jeito de grito.
Adivinhava-se que era aquele o derradeiro dia pelo desalinho dos braços,
pelo medo como andavam mórbidos
e chutavam pedras
levantavam terrase choravam trôpegos sobre o dia. Pérfido.
Havia um abrir e fechar de guarda-chuvas despencando borboletas tristes, de vôos perenes,
havia uma esquina e uma dália de beleza violenta.
E havia o deslumbramento em se tratando de olhares, denunciando uma espécie de vertigem, paixão, quase-loucura.
Uma cotovia gritou lá longe, um canto descorçoado de nunca mais.
Eles mexiam apenas olhos, vezenquando um molhar de lábios. Só.
O resto era desordem, miscelânea e incompreensão.
Que se amor era coisa boa e bonita, eles acordariam a qualquer momento, e estariam dançando novamente sobre o branco lençol.
(era pra ser publicado no site Anjos de Prata, a respeito do tema "o último encontro", mas há três dias eu estou embaçando sobre ele. não tive competência para concluir.)
texto inacabado
Postado por A Libélula
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5 comentários:
Competência para escrever você teve e teria nota 10 no meu julgamento. Como poderíamos imaginar o que será desses personagens se não sabemos o amanhã? Talvez o texto tenha que ficar inacabado, talvez a obra esteja em continuar a vida sem se preocupar muito com a continuação. E, segundo o filme As Horas, a felicidade também passa.
competência eh uma coisa q vc tem e sabe disso... falta de inspiração, sim, pode ser... acontece! a idéia tá aí, linda, leve, cheia de cor e ornamentada com a tua essência. vai caminhar com os pés descalças na grama molhada e escutar o cantarolar dos passaros q vc se inspira... beijo!
Precisa terminar não, tá lindo.
Tenho sede de mais. Mais. Cadê? Cadê o texto? Cadê a cerveja que iríamos tomar esse fds? cadê, Grava?
!!! bj
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