Era amarelado o dia.
Eles se olharam daquele jeito catastrófico. Daqueles olhares que causam disparamento no meio da idéia, no meio das pernas, no meio do peito.
Ela levantou os longuíssimos e deixou o pescoço muito desnudo. Que o desnudar é coisa lindíssima de se contemplar.
E havia uma espécie de chamamento nos olhos dos dois. Um alarme vermelho.
Tudo exatamente ali, no meio da Alameda do Quererdemais.
E ficou um mexe-mexe daqui e de lá, uma miscelânea de trejeitos, de caras, bocas e mãos, que as mãos quando a vergonha chama, ficam assim, um tanto quanto escalafobéticas.
E um de cada lado da tal Alameda, aquela.
E então que um pássaro muito grande, colossal, de uma única asa azul-incrível, pousou no meio daqueles dois.
E assoviou a delicadeza nunca ouvida por nenhum outro ouvido-olhos-poros.
E o amor tamborilou levinho no ar quente do dia, aquele. Amarelado.
De licadeza
Postado por A Libélula
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3 comentários:
Passei por cá para te ler, e deixar um beijinho.
Lindo, como sempre, o teu blog.
Silver
quando sairá o seu livro? Quero ler em breve!!! bjus joana
Lindo texto
Bjs
Lindsay
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